Muitas pessoas ainda confundem dor de cabeça com enxaqueca. Apesar de também ter a dor como uma de suas características, a enxaqueca é bem diferente.
Entenda a seguir como tratar a enxaqueca e diferenciá-la de outros tipos de cefaleias:
A enxaqueca é uma síndrome, e a dor de cabeça é somente um dos seus sintomas. Quem sofre com esse problema também pode sentir náuseas, sensibilidade à luz, ao som e a movimentos bruscos com a cabeça.
Além dos incômodos das crises, que podem ser incapacitantes e afetar a produtividade e os momentos de lazer, a enxaqueca pode representar um problema ainda maior. Se não tratada corretamente, ela aumenta os riscos de AVC e infarto cardíaco, e também está relacionada a maiores riscos de transtornos de ansiedade, depressão, distúrbios do sono, problemas de memória e perda de atenção.
As pesquisas ainda não foram capazes de delimitar exatamente as causas da enxaqueca, mas já sabe-se que há uma raiz hereditária. Outros fatores também estão relacionados ao surgimento das crises:
A enxaqueca pode se apresentar de muitas formas e estar associada a diferentes combinações desses fatores. Assim, é fundamental que o paciente seja sempre acompanhado por um médico especialista.
Atualmente, o tratamento para a enxaqueca tem como foco a prevenção das crises. O paciente deve seguir uma rotina de ações medicamentosas e não medicamentosas para atingir um bom resultado.
Para os pacientes que têm a enxaqueca crônica, o tratamento é feito com o uso regular de analgésicos. No entanto, esse tratamento só deve ser levado adiante se acompanhado por um médico especialista, pois o uso indiscriminado de analgésicos pode levar a outros problemas sérios.
A toxina botulínica tem sido indicada para os casos em que os medicamentos para a prevenção de crises não têm uma boa resposta. O Botox tem uma ação de bloquear o processo inflamatório dos nervos das meninges (membranas que recobrem o cérebro) que leva à dor.
Para o paciente com enxaqueca, é fundamental manter uma rotina de hábitos saudáveis. Alimentação equilibrada, com controle dos alimentos que são gatilhos para crises e atividades físicas fazem parte dessa rotina.
Outra medida importante são sessões com psicólogo. Como um dos principais gatilhos para as crises é o estresse, a terapia ajudará o paciente a encontrar mecanismos de gestão, o que reduzirá os episódios.
Terapias como a neuroestimulação, ou o envio de pequenos impulsos elétricos para o cérebro, também têm sido usados com bastante sucesso.
Se todas as ações preventivas não surtirem efeito e uma crise aparecer, o uso de medicações específicas é recomendado, sempre com orientação médica. Nesses casos, faz-se uso de medicamentos à base de analgésicos e anti-inflamatórios.
Algumas vezes, pode-se fazer uso associado de medicações à base de ergotamina (vasoconstritor), cafeína e metoclopramida (substância que evita o vômito e os enjoos), sempre com orientação médica.
As dores de cabeça são um sintoma também das crises hipertensivas. Agora que você já sabe como tratar a enxaqueca, descubra também como identificar os sintomas da hipertensão e cuide bem da sua saúde!