O suicídio ainda é um tabu em nossa sociedade: pouco se fala, pouco se discute e pouco se previne. Quando o tema em questão envolve o suicídio na terceira idade, então, a situação é ainda mais alarmante.
Muitos associam esta atitude a jovens ou adolescentes. Porém, o número de idosos que resolvem dar um fim a própria vida vem aumentando a cada ano, e chama a atenção de profissionais da área saúde.
Quer conhecer os motivos, as prevenções e entender como identificar os sintomas que levam ao suicídio na terceira idade? Continue a leitura!
Não existe uma regra em relação aos motivos que levam alguém a cometer suicídio. São vários fatores que somam-se por anos até que, em um momento de desespero ou de cansaço, fazem com que o idoso tome esta atitude.
Vamos entender 5 fatores que atuam na mente dos idosos?
A depressão é uma doença grave, e que pode surgir em qualquer fase da vida. É preciso ficar atento quanto aos sinais de desânimo, falta de interesse em realizar atividades rotineiras — desde passeios até cuidados de higiene pessoal — e demonstração de tristeza aparente.
Outros sinais de depressão são:
Muitas vezes, quando uma pessoa ativa e cheia de energia vê-se em casa, sem uma ocupação que lhe dê prazer ou que faça com que ela se sinta importante, sentir-se sem perspectivas é, infelizmente, algo comum.
Sem rumo, o idoso não sabe muito bem o que fazer com o tempo livre e começa a sentir-se um peso para os que estão à sua volta — e para a sociedade, de forma geral.
O estado de viuvez e a falta de convívio com filhos, netos e demais parentes transforma a vida do idoso em um enorme vazio.
Na verdade, a falta de afeto, de convívio social e de interação é muito prejudicial à saúde física e mental de qualquer pessoa: o ser humano foi feito para viver em sociedade e, quando falta alguém para dividir o dia a dia, pode faltar, também, a vontade de continuar vivo.
Não é incomum vermos casos de maus-tratos contra idosos. E ser violentado física ou mentalmente por parentes ou cuidadores causa traumas, muitas vezes, irreparáveis à mente. Uma forma que muitos idosos encontram de acabar com tal sofrimento, infelizmente, é por meio do suicídio.
O acúmulo de doenças ou o descobrimento de alguma enfermidade específica — como câncer, Parkinson ou outro mal degenerativo — é algo que algumas pessoas não aceitam bem.
A perspectiva de viver os últimos anos de vida em cima de uma cama, dependendo integralmente de outra pessoa para realizar atividades simples pode ser frustrante e desesperadora para um idoso.
O primeiro sinal de alerta é a mudança de comportamento do idoso: pessoas alegres e ativas que, do dia para noite, passaram a se comportar de maneira mais contida, enigmática ou demonstrar sinais de tristeza, é algo que merece atenção.
Outro sinal comum é a vontade de se despedir dos entes queridos, deixando recomendações “caso algo venha a acontecer” e se desfazendo de objetos pessoais.
Ao perceber qualquer sinal de mudança de hábitos e comportamento, é imprescindível orientar o idoso a procurar um profissional que possa ajudá-lo — como um psiquiatra, um psicólogo ou um terapeuta.
Uma maneira de tentar evitar o suicídio na terceira idade é mantendo os idosos ativos, em convívio constante com parentes, amigos e com a sociedade.
Estimulá-los a fazer atividades físicas em grupo, participar de grupos culturais, procurar um hobbie ou investir seu tempo com viagens e atividades de lazer são maneiras de ocupar sua mente e seu dia. Essas pessoas precisam de motivação e afeto.
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