À medida que a população envelhece, aumenta também a preocupação e os cuidados com a saúde — afinal, um sonho de todo ser humano é alcançar a terceira idade com o mesmo vigor da juventude. No entanto, o próprio processo de envelhecimento do organismo envolve varias fragilidades, dentre elas, o declínio da capacidade intelectual, conhecida popularmente como demência.
Embora possa soar chocante, “demência em idosos” é um termo utilizado para se referir a uma série de quadros de deficiência cognitiva progressiva e persistente, sobre as quais nós vamos falar um pouco mais logo abaixo.
É caracterizada por pequenos infartos que vão ocorrendo no cérebro do indivíduo ao longo da vida. Essas isquemias contínuas vão se somando e reduzindo a capacidade cognitiva.
É um tipo de degeneração caracterizada por oscilações no desempenho cognitivo no dia a dia. Em um determinado momento, o indivíduo parece estar bem, já em outro ele se apresenta confuso, sonolento ou pode se mostrar incapaz de responder a uma pergunta feita horas antes, por exemplo. Em vários casos, essas oscilações cognitivas são acompanhadas também de alterações visuais.
Provoca mudanças súbitas de comportamento no indivíduo acometido, como por exemplo se calar ou passar a falar demais, passar a beber, fazer comentários inadequados ou ter alguma atitude inconveniente, dentre outros tipos de ações. Embora as alterações comportamentais chamem mais atenção, também há o comprometimento cognitivo, o que exige uma atenção especial.
É uma das formas mais comuns de demência, que se inicia, geralmente, com a perda da memória, seguida das alterações de comportamento e cognição, chegando até à dificuldade de lidar com as tarefas diárias.
A grande maioria das demências podem ser consideradas potencialmente reversíveis, pois são provocadas por fatores como mau funcionamento da tireoide, deficiência de vitaminas, coágulos sanguíneos ou traumas, dentre outros.
É muito importante que o médico encarregado investigue a fundo a causa mais provável da demência, uma vez que, se for causada por algum desses fatores, o tratamento adequado pode contribuir para que o paciente volte ao estado normal.
Como falamos anteriormente, a demência é caracterizada por alterações comportamentais com perda da capacidade cognitiva, e essas habilidades cerebrais são influenciadas por hábitos cotidianos. Assim, mudanças nos hábitos são essenciais para evitar o aparecimento dos sintomas. Vamos ver alguns exemplos:
Quando feitos regularmente, os exercícios aeróbicos, de resistência ou equilíbrio se mostram muito eficientes na prevenção da redução da capacidade cognitiva em idosos, pois melhoram a coordenação, a força e a flexibilidade. Caminhar em vez de ir de carro, ou usar as escadas em vez do elevador, são ótimos exemplos para começar.
O contato social entre os pacientes estimulam o processo de comunicação, o afeto e a convivência, além de promover a integração e evitar a apatia diante de situações difíceis. É importante garantir um ambiente tranquilo para que o idoso não se sinta perdido em conversas paralelas.
São atividades que exigem raciocínio lógico, atenção, planejamento, memória ou linguagem a fim de minimizar as dificuldades do paciente com esse tipo de pensamento ou estratégia. Nessas atividades, é sempre importante estar atento às necessidades e dificuldades do idoso para que as tarefas exigidas não estejam além de sua capacidade, o que pode desestimulá-los.
Outros tipos de cuidados envolvem um ambiente organizado e uma agenda planejada, para auxiliar os idosos em sua orientação. O tratamento farmacológico também pode ser utilizado em casos mais avançados da doença.
A prevenção e o tratamento adequado é o que garante a qualidade de vida nos casos de demência em idosos. Dessa forma, o acompanhamento de um profissional e o apoio da família, além dos hábitos saudáveis, são a chave para viver bem.
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